As mulheres querem se relacionar no afeto, integrar o sexo ao emocional. E a medida que essa integração lhes é interditada, aumenta a sua carência. Uma carência que não é preenchida pelo sexo em si - por mais satisfatório que seja - porque o sexo em si não representa valorização específica para a mulher, não é sua moeda principal.
O acumulo de sexo descompromissado costuma ter o efeito oposto; aumenta a carência, porque testemunha não a ausência de homens, mas a impossibilidade de aderência. E, como tal, configura uma rejeição.
Carência os homens também têm, tão grande quanto nossa. A diferença é que eles estão mais preparados para combatê-la em outras áreas. Jogam sua carência no trabalho usando-a como força motriz para avançar, conseguem dilui-la em esportes, hobbies, e em grande parte no próprio exercicios sexual. Eles não tentam, como nós, resolvê-la toda atravéz de um unico objeto de amor. Os homens não centralizam.
Não centralizar pode ser também uma solução para as mulheres. Uma solução para a qual, lentamente, se encaminham. Tirar os homens do centro de suas vidas, e colocar no centro a vida em si. Não viver a vida atravez dos homens, mas inverter as posições, e viver os homens através da vida. O trabalho, os interesses, os filhos quando os há, têm força para operar essa inversão.
Os homens sofrem com esse desencontro. Sentem-se perseguidos e caluniados. Eles sabem que não são levianos, obedecem a motivações profundas. As mulheres sofrem com esse desencontro, se sentem usadas e rejeitadas. Elas sabem que não são harpias casamenteiras, obedecem a motivações profundas.
E tanto os homens quanto as mulheres sabem que se querem, que se precisam, e que vão ter que descobrir um acordo. Mas enquanto esse acordo não chega e continuamos suspirosos nos perseguindo ao redor da cama, podemos tentar arrasta-lo para o território da naturalidade, sem nos esforçar demais para agradar ao outro, sem exigir demais que o outro nos agrade.
de dicasfemininas.
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