sábado, 13 de agosto de 2011

A obsessão do ponto G …

Afinal, a quem interessa a existência dessa Shangri-la do prazer feminino? Agora uma pesquisa diz que ele não existe - mas a busca continua.


O ponto G - aquele paraiso místico dos prazeres, ilha da fantasia dos orgasmos multiplos - não existe, segundo os autores do mais recente estudo sobre o tema. Para chegar a essa triste conclusão, os pesquisadores, basearam-se em um questionário com 1.804 gêmeas de idades entre 23 e 83 anos. Todas responderam a perguntas gerais a respeito de sua vida sexual e varias perguntas especificas sobre percepção do ponto G. O objetivo dos cientistas era estabelecer um fato fisiológico. Se uma irmà afirmasse que tinha ponto G, a outra (sendo identica) deveria dar a mesma resposta. Mas isso não aconteceu. Mais da metade das respostas não bateu. Conclusão dos pesquisadores: não há evidência de que o ponto G seja uma àrea anatômica.Então é isso, o ponto G pode entrar oficialmente na lista das causas perdidas.

O estudo britânico foi imediatamente contestado por outros especialistas, e seua autores, com a humildade de exploradores perdidos, recomendam que as pesquisas prossigam, desta vez com tecnologia de ultrassom. Isso segnifica que virão novos estudos. Emfim a busca continua.

Passados 59 anos desde que o ginecologista alemão Ernst Grafenberg formulou a existência dessa zona erógena feminina (o G do ponto é uma homenagem a ele), fica cada vez mais dificil entender o empenho médico e cientifico em localizar uma parte do corpo feminino que reluta em se revelar. De acordo com Grafenberg, essa região corporal seria localizada no interior da vagina, a cerca de 4 centimetros de sua entrada superior, na altura aproximada do clitóris. Mas, assim como ocorre com o Eldorado e Shangri-la, os mapas têm se revelado enganosos. Os pesquisadores procuram há anos e nunca acharam nada capaz de constar num livro de anatomia.

Por que então a obsessão com o assunto? A resposta mais comum é que serviria a todo mundo - mulheres e homens - se fosse achado um botão orgânico que proporcionasse orgasmos vaginais, o santo Graal da sexualidade feminina.

“Alguma pessoas estão em busca de mais conhecimento sobre a complicada sexualidade feminina, mas outras claramente têm interesses comerciais. Esse pode ser um mercado muito lucrativo”.

Para alguns especialistas, a obsessão feminina pelo orgasmo vaginal - com conceito freudiano muito criticado, segundo o qual haveria dois tipos de orgasmo, sendo mais prazeroso o obtido com a penetração - é um dos grandes impulsionadores da histeria em torno do ponto G. As mulheres, frequentemente cobradas pelos homens, querem chegar ao climax durante a penetração (e se possivel rapidamente)como acontece nos filmes de Hollywood.

Quando Grafenberg descreveu a localização do ponto G, não havia tanto rigor nas pesquisas cientificas” “Ele provavelmente juntou o relato de algumas pacientes e generalizou o resultado”. Ele errou ao definir um ponto fixo e imutável para todas, mas acertou ao dizer que a mulher precisa ser estimulada intravaginalmente em uma posição sensivel. “Cabe a cada uma encontrar seu ponto de maior sensibilidade, seu proprio ponto G”.

                                                                                           de dicasfemininas.
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