sábado, 2 de abril de 2011

A polêmica do tamanho

 Encontrei esse pot no site bolsademulher...

Extensores, bombas desenvolvedoras e até cirurgia para aumentar o pênis. Adianta? (21/03/2011)


Muito se fala em tamanho do pênis e o quão importante ele é para uma boa transa. Mesmo cansadas de saber que meros sete centímetros são mais do que suficientes para concretizar o ato, não há mulher que negue o gosto por um membro bem dotado. Tamanho pode até não ser documento, masque impressiona, ah, isso ninguém pode negar.

A virilidade masculina sempre esteve associada ao tamanho do órgão sexual. Mas não pense você que essa preferência é invenção de nossa época. Diversas culturas já praticavam técnicas um tanto quanto esdrúxulas para conseguir estender em alguns centímetros seus pênis. Um dos casos mais absurdos envolve os indianos Sanhus e os peruanos Cholomecs. Essas tribos tinham por hábito usar pesos para atingir acréscimos de até - pasmem – 45 centímetros. Tanto exagero não tinha como dar certo. Os órgãos acabam se tornando disfuncionais.

Nosso país também preserva algumas curiosidades. Durante o século XVI, os índios brasileiros da tribo Topinoma colocavam veneno de cobra no membro. O resultado? Inchaço e muito sofrimento, que chegavam a durar seis dolorosos meses. Tudo para proporcionar mais prazer às parceiras. Loucuras como essas são indícios de que a busca por um órgão sexual avantajado sempre existiu, sendo inclusive sinônimo de status. Não é de estranhar que, ainda hoje, os homens vivam uma verdadeira obsessão pela grandeza nos países baixos.


Tamanhos P, M ou G?


Hoje os menos privilegiados não precisam passar por tanto sofrimento, nem tornar seus membros inutilizáveis. Felizmente, já existem inúmeras técnicas que se propõem a garantir um pouco mais de comprimento e até mesmo grossura ao dito-cujo. Candidatos não faltam. Todo homem, uma vez ou outra, já desejou ter um pênis maior. Mesmo os que estão satisfeitos com o que têm, certamente não reclamariam de alguns centímetros a mais. E com toda a razão: nós, mulheres, costumamos apreciar um tamanho G.

A situação oposta costuma, inclusive, causar alguns sustos. Laura Marcondes, ainda se recorda da decepção que sofreu há seis anos, quando se deparou com um exemplar PP. "Jamais vou me esquecer daquilo. Era muuuito pequeno, uma coisa inesquecível. Tinha acabado de terminar um namoro muito longo, quando conheci esse cara. Estávamos saindo há um tempinho. Durante os amassos, já tinha percebido que faltava alguma coisa ali. Mas não fazia noção de que fosse tão pequeno. Na hora, fiquei tão nervosa, que nem prestei muita atenção. Só não foi pior porque ele compensou – e muito bem – com sexo oral. Mas não ficava dentro de jeito nenhum", recorda.


O desfecho da história? "Depois dessa, nunca mais. Se eu gostasse muito dele, até dava um jeito. Mas não era o caso", avalia. Histórias assim são comuns em rodinhas de mulheres. Mas se para nós já é desagradável passar por uma situação dessas, imagine para eles, que a cada transa se preocupam com o que a parceira vai achar do tamanho – ou da falta dele.


Dá pra aumentar?


Para burlar a vergonha, há dois caminhos. Em casos extremos, como a micropenia, a cirurgia peniana já é realizada no Brasil com aval de um urologista. Já no mercado de produtos eróticos há uma disponibilidade de produtos que, em tese, dariam um pouco mais de extensão ao membro. São bombas desenvolvedoras, cintas elásticas e extensores penianos em mil e um modelos.


CONFIRA AQUI AS PROMESSAS DE CADA UM


Geralmente vendidos pela internet, esses produtos são condenados pela classe médica. "Tudo começou com um extensor peniano, que de alguma forma conseguiu registro da ANVISA. Mas nunca houve evidência científica de que funcionasse. Do ponto de vista médico, esses acessórios não funcionam", afirma Eloísio Alexsandro da Silva, urologista e membro-titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Bombas desenvolvedoras: Bombas a vácuo. Podem ser manuais ou elétricas. A idéia é inserir o pênis dentro da bomba, que vai retirar o ar do interior. "As bombas não aumentam o tamanho do pênis, apenas sugam o sangue para dentro do corpo cavernoso, provocando uma ereção. Atualmente, elas não são recomendadas nem no caso de disfunções eréteis. Cientificamente, não há provas de sua eficácia. Além disso, o uso pode provocar danos como isquemias, dores e inchaços, em alguns casos irreversíveis", alerta o urologista Eloísio Alexsandro da Silva. Uma bomba pode chegar a custar mais de R$ 700.

Extensores penianos: Se propõe a fazer o que o próprio nome já diz: esticar o pênis através da tração. O aumento se daria através da tração contínua, que produziria um aumento da divisão celular. "Já atendemos um caso de pênis necrosado pelo uso de extensor", conta o urologista. Os extensores passam facilmente dos R$ 600.

Cintas elásticas: A cinta é normalmente presa à coxa, funcionando com o mesmo princípio dos extensores. "Essas cintas não permitem o controle da pressão exercida. Algumas possuem até pesos, para fazer mais tração no pênis. Isso tudo é, no mínimo, muito estranho", opina Dr. Eloísio.



Insatisfação com o corpo


A enorme procura por este tipo de produto no mercado erótico mostra que os homens estão insatisfeitos com o tamanho de seus pênis. Na opinião do Dr. Eloísio, a vontade de ter um membro maior não está necessariamente relacionada a tamanhos abaixo da média. "É comum um paciente chegar aqui com este tipo de queixa, medimos, e constatamos que ele está dentro da média. Por isso o mais importante é saber como medir corretamente. Recomendo sempre que, para tirar dúvidas, este procedimento seja realizado por um urologista. O pênis flácido também pode ser medido. Basta esticá-lo ao máximo para frente, que corresponderá ao tamanho que ele atingirá ereto. Da extremidade da glande, até a base, onde se pode sentir o osso em cima do pênis", explica o médico.

É normal também os homens acharem que têm um pênis menor do que é na verdade. "Assim como existe o transtorno dismórfico corporal – quando se tem uma percepção irreal do corpo –, existe também o transtorno dismórfico genital. O pênis brasileiro tem em média 14 centímetros, mas os homens parecem não acreditar nisso. Os adolescentes crescem vendo filmes pornográficos, com atores que têm medidas muito acima da média. Além disso, os amigos sempre mentem sobre o tamanho. Eles acabam acreditando numa realidade que não existe. Calculo que 20% dos pacientes sofram desse transtorno", avalia o urologista.


Cirurgia


Para fazer a cirurgia, o paciente precisa passar por uma avaliação médica. "A cirurgia é considerada em apenas duas circunstâncias. Em caso de micropênis, que são os com menos de nove centímetros quando eretos – impossibilitando uma relação com penetração –, ou quando ocorre mutilação, levando a perda de grande parte do pênis – geralmente por câncer ou trauma. Em ocorrências deste tipo, recorremos às cirurgias reconstrutoras", diz Dr. Eloísio.

As modalidades de cirurgia não são poucas. "Podem ser para aumentar o comprimento ou para engrossar. Às vezes o pênis tem um tamanho normal, mas um diâmetro fino. Em outros casos, nem um nem outro, como quando há um problema em outra parte da região genital. "É o caso dos gordinhos, que ficam com o órgão escondido. Existe uma série de cirurgias na área de estética genital. Elas não se resumem ao pênis, mas como nossa sociedade é fálica, pensamos logo em mexer nele. A região genital envolve também a área do escroto, a região púbica, a face supero-medial da coxa e o períneo. São queixas de estética genital", cita o urologista.


Difícil, né? Sorte nossa, que somos apreciadas até mesmo nos menores frascos. E depois ainda há mulher reclamando de depilação, TPM e celulite.


.

Nenhum comentário:

Postar um comentário